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Jornada de Lutas dos servidores teve início com força tarefa contra PLS 204/16, PEC 241/16 e vigília que defendeu a cassação de Eduardo Cunha

A semana que será marcada pela Jornada de Lutas reunindo em Brasília servidores públicos de todo o País foi inaugurada com grande movimentação no Congresso Nacional nesta segunda-feira, 12 de setembro. Representantes de diversas categorias do setor público acompanharam pela manhã e a tarde audiências públicas que debateram o PLS 204/16 e a PEC 241/16. Prestes a serem aprovadas e intimamente ligadas, as propostas são uma ameaça à soberania nacional. É o que alerta a auditora aposentada da Receita Federal e fundadora do movimento “Auditoria Cidadã da Dívida”, Maria Lúcia Fattorelli. Ela que já participou de comissões para auditar dívidas no Equador e na Grécia alerta que um esquema muito semelhante ao que quebrou aquele país europeu corre o risco de ser legalizado no Brasil. Somado à PEC 241/16 o esquema tem potencial para quebrar municípios e estados brasileiros. Confira aqui vídeo da participação de Fattorelli onde ela explica os riscos desse esquema que institucionaliza a corrupção em audiência hoje no Congresso.

Além das movimentações contra esses projetos que também ameaçam congelar investimentos públicos por pelo menos vinte anos, os servidores participaram, no final do dia, de vigília que pediu a cassação do mandato do deputado Eduardo Cunha, réu no Supremo Tribunal Federal (STF) e envolvido em casos de corrupção. O ato, que teve início às 18 horas, em frente ao Museu Nacional, também levantou a bandeira em defesa da democracia e contra a escalada de propostas que retiram direitos da classe trabalhadora pretendidas por esse governo que se instalou após o afastamento da presidenta eleita Dilma Rousseff, mesmo sem a comprovação de crime de responsabilidade. Junto com a Condsef e demais filiadas, o Sintsep-GO participa de toda a programação.

Nesta terça, 13, a partir das 10 horas, servidores públicos de todo o Brasil ocupam a Esplanada dos Ministérios numa grande marcha unificada. Estão previstas paradas estratégicas em ministérios como Planejamento, Saúde, Trabalho, para cobrar investimentos urgentes no setor público. Os ministérios da Fazenda e Previdência também serão alvos de manifestação para cobrar a manutenção de direitos adquiridos e exigir que retrocessos não prejudiquem ainda mais a necessária recuperação do País. No Congresso, alguns representantes dos trabalhadores devem participar de audiência pública no Senado sobre o PLC 30, conhecido como PLC da “escravidão” e da “precarização das terceirizações”.

Encerrando a jornada de lutas, na quarta, 14, servidores se reúnem em uma plenária unificada da categoria. Nesse encontro serão avaliadas as perspectivas de deflagração de uma greve geral no funcionalismo contra uma série de ameaças que rondam o setor público. É inadmissível que retrocessos sociais aconteçam numa escalada assustadora. A unidade e mobilização da classe trabalhadora são determinantes nesse momento para assegurar que todos os nossos direitos sejam respeitados. Nenhum direito a menos. Nenhum passo atrás.

Com informações da Condsef