sintsep go apoia plebiscito por um novo sistema pol tico no brasil
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O Sintsep-GO, em parceria com centenas de entidades da sociedade civil organizada em todo o país, conclama todos os servidores públicos brasileiros a participarem do Plebiscito Popular por um novo Sistema Político, que será realizado em todo o país, de 1º a 7 de setembro de 2014. Clique aqui e vote online!
O objetivo da iniciativa popular é o de promover uma Assembleia Nacional Constituinte para modificar o sistema político brasileiro – comandado atualmente por grandes grupos econômicos nacionais e internacionais – e realizar reformas que até hoje não foram feitas, como as reformas agrária, urbana, tributária a e outras mudanças que assegurem a igualdade de direitos econômicos, sociais e civis.
As milhares de pessoas que, em junho de 2013, saíram às ruas por transporte, saúde e educação de qualidade revelaram um fosso entre o povo e as instituições – o Judiciário, os governos e os legislativos, sobretudo o Congresso Nacional –, que ficaram merecidamente abaladas. A situação foi tal que a presidenta Dilma Rousseff foi à TV propor um Plebiscito para uma Constituinte Exclusiva por uma reforma política, proposta rapidamente atacada pelos setores reacionários da sociedade, como ruralistas e grandes empresários, líderes do PMDB e do PSDB, juízes do STF etc.
Todos esses fatos colocaram na ordem do dia a necessidade de uma Constituinte Exclusiva e Soberana no Brasil, para mudar o sistema político e abrir caminho ao atendimento das demandas e aspirações populares defendidas pela maioria da população, como educação, saúde e transporte públicos de qualidade, reformas agrária e urbana, reestatização das empresas privatizadas, monopólio estatal do petróleo com uma Petrobras 100% estatal e direitos iguais para todos os cidadãos e cidadãs.
Para se ter uma ideia, dos 594 parlamentares (513 deputados e 81 senadores) eleitos no Congresso Nacional em 2010, 273 são empresários, 160 compõem a bancada ruralista, 66 são da bancada evangélica e apenas 91 parlamentares são considerados representantes dos/as trabalhadores/as, da bancada sindical. Os dados são do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar). A partir desta análise, compreende-se porque as reformas que interessam à classe trabalhadora nunca são prioridade dentro do Congresso!
Em 2008, as empresas doaram 86% dos recursos totais da campanha eleitoral. Em 2010, 91%, e, em 2012, somaram 95%. Esses números são indicadores das causas do agravamento da crise de representação política. Cada vez mais os eleitos se aproximam de seus financiadores (os donos das empresas) e se distanciam do povo, o que provoca uma justa indignação e desconfiança na sociedade. Para enfrentar o poder e a força do dinheiro, precisamos instituir o financiamento público de campanha. Em 2010, os gastos declarados pelos candidatos a governador dos 26 Estados e do DF somaram R$ 735 milhões, de acordo com dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Como é hoje, uma liderança popular sempre sai em desvantagem na disputa eleitoral, pois no atual sistema as eleições passaram a ser um grande negócio.
Deste modo, é fundamental que a população brasileira diga “sim” a uma Constituinte Exclusiva e Soberana composta por cidadãos e cidadãs eleitos/as exclusivamente para mudar o sistema político, e não pelo Congresso Nacional, para que o povo brasileiro – homens e mulheres, negros, índios, jovens e idosos, de todos os matizes sociais – tenha verdadeira representatividade no poder Legislativo.