O Sintsep-GO apoia a Associação Municipal de Servidores da Educação do Senador Canedo (AmSESC), que representa os profissionais da educação do município de Senador Canedo. Desde o início deste ano, eles estão lutando pelo pagamento do reajuste do Piso Salarial, que até hoje não aconteceu.

Após tentativas de diálogo com a gestão, que se tornaram infrutíferas, os profissionais deflagraram movimento de paralisação. Primeiro, paralisações pontuais e, posteriormente, paralisação geral, desde a última quinta-feira, 19 de outubro. De acordo com um dos professores que participa do movimento, a greve não está sendo conduzida diretamente pela Associação, mas por um “comando de luta”, que reune vários educadores que participam da paralisação.

Além de assédio por parte da gestão, os profissionais estão enfrentando forte oposição judicial, que determinou o pagamento de multa no valor de R$ 30 mil para cada dia paralisado.

Nem mesmo o sindicato da categoria, no município, conseguiu diálogo ou condições de realizar assembleia com os educadores, sem sofrer retaliação e impedimento jurídico.

A administração, ao invés de apresentar uma proposta de reajuste, modificou a forma de calcular o pagamento dos salários, aumentando a carga horária e retirando gratificações, chegando ao ponto de reduzir o valor do vencimento básico da categoria.

Não sendo suficiente, segundo uma professora que não pode se identificar, a gestão “contratou” uma empresa, cujo proprietário é esposo da superintendente de Educação, para “refazer” o plano de carreira da Educação. As iniciativas adotadas pela prefeitura de Senador Canedo não só não resolveram, como pioraram a situação. “Como eles contratam uma empresa, cujo CNPJ é para a venda de artigos de papelaria, para que ela faça um plano de carreira e mude toda a situação dos professores?”, questiona.

“E agora, a prefeitura, no final de setembro, na semana de conselho de classe, avisou que nós, professores iríamos perder duas aulas adicionais que recebemos (uma média de R$ 500,00) e que todos os professores iriam ter a sua carga horária modificada, de 20 para 25 aulas. A modulação de todos os professores foi alterada na semana de prova, o que criou uma completa desordem para alunos e professores”, pontua a educadora.

Diante do descaso e caos instalado, o Sintsep-GO conclama a gestão de Senador Canedo a negociar com a categoria, os seguintes pontos:

  1. Voltar a carga horária como estava com aulas adicionais;
  2. Plano de recuperação para as escolas em até 30 dias;
  3. Não ao corte de ponto e não demissão dos ampliadores e substitutos;
  4. Incorporar Administrativo à pasta da educação e as condições de trabalho – EPI e demais necessidades;
  5. Retomada dos planos das categorias para apresentar o PCR;
  6. Encerrar os processos contra a AMSESC;
  7. Exoneração da Bárbara e volta dela para a escola;
  8. Acordo para reposição das aulas deve ser tratado com os professores e administrativos, através da AMSESC, sem nenhuma perseguição e ou forma antidemocrática.

Sintsep-GO com informações do Comando de Luta e Greve dos trabalhadores da educação de Senador Canedo