Servidores defendem vida, meio ambiente e cobram valorização
Em ato nessa sexta, 5, Dia Mundial do Meio Ambiente, servidores da Área Ambiental criticam políticas de destruição ambiental defendidas pelo governo Bolsonaro e defendem a saída do presidente e do seu ministro Ricardo Salles
Servidores da Área Ambiental promoveram protestos pacíficos com respeito a regras de distanciamento social recomendadas por autoridades sanitárias, para marcar o Dia Mundial do Meio Ambiente, nessa sexta-feira, 5, em Brasília. Em frente ao Palácio do Planalto, a categoria cobrou valorização e o fim da perseguição a servidores que tem sido alvos constantes de ataques não só do próprio governo, mas de ameaças e agressões em operações para proteger áreas ambientais da ação ilegal de grileiros e madeireiros. “Amazônia fica. Bolsonaro sai”, “Fora Salles” e “A boiada não vai passar”, foram algumas das palavras de ordem destacadas no ato que teve apoio da Ascema Nacional, Sindsep-DF, Condsef/Fenadsef e outros parceiros.
Em vídeo produzido para marcar a atividade, representantes dos servidores da Área Ambiental lembraram que a cada minuto cerca de oito maracanãs do bioma brasileiro são destruídos. A ação irresponsável do governo Bolsonaro que abre caminho para a destruição desmedida do meio ambiente foi muito criticada. “Esse caminho não vai ser aceito. As pessoas não vão abrir mão do seu futuro em nome do lucro e de um sistema de desigualdades”, destaca um servidor no vídeo. “Um governo que coloca seus interesses, os interesses do andar de cima, acima do interesse da humanidade, do conjunto da natureza e das futuras gerações. Não dá mais”, completa.
Impedidos de utilizar um boneco em protesto ao governo na Praça dos Três Poderes, os servidores levaram o ato para a frente do Ministério do Meio Ambiente, onde tradicionalmente, todo ano, a categoria promove atividade no dia 5 de junho. “É pelo que todo mundo precisa. Água, terra, vida”, destaca participante do ato. “Vamos mostrar nossas vozes, falar por nossos biomas, defender nossos povos e nossa diversidade”, conclui mais uma representante da Área Ambiental que lembra que políticas públicas podem ser restabelecidas, mas ecossistemas não se recuperam, por isso, esse governo precisa ser derrubado urgentemente.
Confira como foi a atividade:
O desmatamento mata
Relatórios recentes sobre o desmatamento no Brasil e no mundo mostram que a destruição de florestas no país permanece em níveis preocupantes. No dia 26 de maio, o projeto MapBiomas lançou o primeiro Relatório Anual do Desmatamento, apontando que o Brasil perdeu, em 2019, pelo menos 1.218.708 hectares de vegetação nativa, área equivalente a oito vezes o município de São Paulo.
O fato decorre, claramente, do afrouxamento de regras ambientais promovido por Ricardo Salles. “Estamos nesse momento de tranquilidade no aspecto de cobertura de imprensa, porque só fala de Covid e ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas. De Iphan [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional], de Ministério da Agricultura, de Ministério de Meio Ambiente, de ministério disso, de ministério daquilo. Agora é hora de unir esforços para dar de baciada a simplificação”, afirmou Salles na reunião de 22 de abril que teve divulgação autorizada pelo ministro do STF, Celso de Mello.
No Brasil, hoje, no Dia Mundial do Meio Ambiente, nossa proposta é de ação. O que precisamos fazer é agir rapidamente para acabar com a destruição promovida pelas políticas ultra neoliberais de um governo que age contra a vida da população. Juntos, vamos trazer o Brasil de todas e todos de volta!
Fonte: Condsef/Fenadsef