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Eles pedem ainda mudanças na gestão do MinC

Insatisfeitos com os rumos que a administração do Ministério da Cultura (MinC) tem tomado nos últimos quatros anos, servidores da Cultura voltaram a cobrar a reabertura de negociações que possam trazer avanços e melhorias essenciais ao setor. No final de novembro a Condsef votou a encaminhar ofício ao MinC reiterando a necessidade de retomada do diálogo sobre a pauta pendente dos servidores do órgão. No documento, a Confederação reforça que o acúmulo de debate originário da realização de oficinas, reuniões, comissões, grupos de trabalho e mesas de negociação já garante subsídios suficientes para que uma proposta seja consolidada e impulsione negociações produtivas em direção aos avanços tão cobrados e esperados pelos servidores da Cultura. Nesta terça-feira, 2, a Folha de São Paulo publicou matéria destacando críticas feitas pela Associação dos Servidores do MinC que denunciam o descaso dos atuais gestores do órgão com os servidores de carreira e a falta de diálogo com as entidades representativas da categoria.

Na matéria publicada pela Folha, o integrante do Departamento de Educação e Cultura (DEC) da Condsef, Sérgio Pinto, e também conselheiro da associação dos servidores da Cultura, relata o clima de insatisfação que toma conta dos servidores da Cultura. “Nada andou no governo Dilma. Todas as políticas ficaram estagnadas. Não há mais diálogo entre os gestores e os servidores. O clima no ministério está o pior possível, ninguém está contente”, declarou. Este ano, a base da Cultura promoveu uma forte greve e conseguiu que o governo assumisse o compromisso de firmar um processo de negociação com a categoria, o que na prática ainda não ocorreu. A expectativa é de que o próximo mandato da presidenta Dilma Rousseff traga mudanças na gestão do ministério e impulsione a relação de diálogo entre governo e servidores.

Luta unificada
A Condsef destaca que a mobilização dos servidores da Cultura, e demais setores de sua base, e preparação para a cobrança do cumprimento de compromissos deve seguir em ritmo permanente. A manutenção das negociações de pautas específicas da base da Condsef vai continuar conjunta à luta unificada dos federais. A pauta de reivindicações única continua contando com a busca por uma política salarial com correção das distorções e reposição das perdas inflacionárias; paridade entre ativos, aposentados e pensionistas; data base em 1º de maio; isonomia dos benefícios entre os Três Poderes; luta pela retirada de projetos que prejudicam a categoria e aprovação daqueles que preservam direitos dos trabalhadores; mudanças nas regras para aposentadoria com média dos pontos dos últimos cinco anos da avaliação de desempenho e incorporação de gratificações.

Fonte: Condsef