Seminário e ato em frente a Ministério da Economia vão marcar semana do servidor
Entidades que representam o conjunto dos servidores federais farão seminário na terça, 29/10, em Brasília. Também na capital federal, a quarta, 30, será de ato com concentração em frente ao Teatro Nacional de onde seguirá para o Ministério da Economia
Essa semana, que começa hoje com o Dia do Servidor, 28/10, terá agenda intensa de debates e mobilização. Entidades que representam o conjunto dos servidores federais das Três Esferas, reunidos no Fonasefe e Fonacate, farão seminário nesta terça-feira, 29/10, em Brasília, para discutir os ataques aos servidores e serviços públicos e seus efeitos junto à sociedade. Também na capital federal, a quarta-feira, 30/10, será de atividade com ato que terá concentração em frente ao Teatro Nacional de onde seguirá para o Ministério da Economia.
O seminário “Desmonte do Estado brasileiro; causas, consequências e contradições” vai contar com a participação da coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lúcia Fattorelli. A Auditoria Cidadã tem promovido uma série de denúncias sobre esquemas fraudulentos para ampliar o escoamento de dinheiro público para pagamento de juros da Dívida Pública, enquanto estão usando servidores públicos e o tema da reforma Administrativa como cortina de fumaça para isso.
Um dos principais objetivos do seminário, além de debater os diversos desafios impostos ao funcionalismo, é indicar perspectivas futuras de ação e estratégias de enfrentamento na defesa dos servidores e serviços públicos. Além disso, as entidades pretendem organizar a luta contra as privatizações, em defesa da soberania nacional e contra a retirada de direitos. Para isso, um primeiro passo na mobilização será dado integrando servidores na atividade convocada da próxima quarta, 30, por soberania, direitos e empregos.
Insatisfação mobiliza federais
A insatisfação com a política econômica conduzida pelo governo Bolsonaro, representada por Paulo Guedes, é uma das forças motrizes do ato. Além de reivindicar sua pauta, denunciar a falta de diálogo para debater temas como a reforma Administrativa, denunciar abusos e perseguições, servidores estarão presentes também cobrando a revogação da Emenda Constitucional (EC) 95/16, que congela investimentos públicos por 20 anos. Caravanas de servidores federais de regiões e estados próximos estão sendo esperadas em Brasília para participar do ato.
“Se não frearmos essa política neoliberal nefasta que vem impondo ataques constantes a direitos essenciais da população, estaremos fadados a sofrer consequências da ruptura completa de nosso tecido social e dos pequenos avanços que experimentamos enquanto sociedade”, avalia Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Condsef/Fenadsef. “Não podemos admitir retrocessos em direitos que foram conquistados com muita luta e mobilização. A classe trabalhadora não é a responsável pela crise, então porque deve ser a única a pagar por ela? Não vamos aceitar e vamos para as ruas resistir a isso”, completou.
Com informações da Condsef/Fenadsef