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Reunidos em Brasília na quinta-feira (19), para a Plenária Nacional da Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal), representantes de Goiás e mais 23 estados discutiram a agenda de mobilização dos servidores públicos federais para o próximo trimestre. As entidades fizeram um balanço positivo das atividades unificadas dos dias 17 e 18 – que defenderam a paridade, a reestruturação da Funasa, e promoveram o lançamento da Campanha Salarial 2009.

Os servidores se preparam agora para voltar à Esplanada para nova rodada de atividades programada para a primeira quinzena de junho. O objetivo é manter a categoria mobilizada ao longo dos próximos meses. A Condsef segue acompanhando de perto o comportamento das receitas orçamentárias destinadas aos reajustes assumidos pelo governo com mais de 1,8 milhão de servidores. Até agora, o governo tem dito que vai manter os compromissos e prazos assegurados em Lei.

Para garantir que não pagarão a conta se a crise exigir novas mudanças no cenário econômico, todas as filiadas à Condsef voltam para seus estados com a tarefa de ampliar a organização dos servidores em torno do eixo de lutas aprovado. Para isso, as mobilizações serão mantidas e rodadas de assembléias realizadas até o dia 15 de maio em todo o Brasil. Nas assembléias, os servidores devem discutir um indicativo de greve para junho. Todos os esforços serão feitos para manter todos prontos a defender a pauta de reivindicações da base da Condsef, que abrange 80% dos servidores do Executivo Federal.

No dia 16 de maio, uma nova Plenária Nacional acontece em Brasília para definir novas ações estratégicas da categoria, avaliar o novo cenário político e econômico e reforçar a defesa pelo eixo da Campanha Salarial 2009. O cumprimento dos acordos está entre as prioridades. A instalação dos grupos de trabalho (GTs) para discutir reestruturação de carreira em diversos setores e defesa da paridade também são destaques.

Contra desmonte de órgãos públicos
Nos próximos meses a Condsef deve promover também um seminário nacional sobre o desmonte dos órgãos públicos. O tema interessa cada vez mais aos servidores já que a intenção do governo é acelerar a aprovação do Projeto de Lei (PL) 92 que propõe a criação de Fundações Estatais de Direito Privado que podem acelerar o processo de desmonte dos órgãos. Nesta sexta-feira, no Jornal de Brasília, uma nota informa que quatro ministros (Educação, Turismo, Cultura e Saúde) fizeram visita ao presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, pedindo agilidade na aprovação do PL.

Caso queiram ver esse projeto derrubado, os servidores devem ampliar a luta e trabalho parlamentar em busca de aliados políticos que defendam o fortalecimento dos serviços públicos. A Condsef vai recorrer à Frente Parlamentar em Defesa dos Serviços Públicos para ver o que pode ser feito em defesa dos interesses da categoria no Congresso e impedir mais esse ataque aos servidores e aos serviços públicos brasileiros.

Condsef participa de unidade histórica
No dia 30 de março, Condsef e suas filiadas somam forças às atividades que vão reunir CUT, Força Sindical, CGTB, CTB, NCST, UGT, Intersindical, Conlutas, MST, UNE, UBES, Marcha Mundial de Mulheres, representações do movimento negro e comunitário, entre outras entidades do movimento civil organizado, num ato histórico em defesa dos trabalhadores da iniciativa pública e privada.

Para dar força ao movimento, a Condsef aprovou ainda a realização de uma campanha que vai coletar abaixo-assinados pelo Brasil exigindo do governo Lula a publicação de uma medida provisória contra demissões.

Fonte: Sintsep-GO com Condsef