Ex-presidente afirmou que terá oportunidade de debater diretamente com Bolsonaro, falou em alianças e enfatizou peso de São Paulo

O ex-presidente Lula (PT) fez rápido pronunciamento, já após as 22 horas deste domingo (2/10), para agradecer pela votação e anunciar o início imediato da campanha para o segundo turno, daqui a quatro semanas, no dia 30 de outubro.

“Nós vamos ganhar estas eleições. Isso para nós é apenas uma prorrogação. (…) É a chance de você amadurecer suas propostas e sua conversa com a sociedade. É construir um leque de alianças, um leque de apoio”, afirmou Lula, antes de sair do hotel no centro de São Paulo em direção à Avenida Paulista.

O petista agradeceu a cobertura de imprensa, cumprimentou os eleitos, de todos os partidos, e externou gratidão “ao povo brasileiro por mais este gesto de generosidade”, lembrado que há quatro anos ele era dado como praticamente excluído da política brasileira. Será a chance, afirmou, de fazer um debate tête-à-tête com Jair Bolsonaro – que até aqui está mentindo para a população.

Lula ainda brincou, dizendo que pretendia tirar três dias de “lua de mel” caso ganhasse no primeiro turno. “Janjinha, acabou a nossa lua de mel”, afirmou para sua mulher, Janja da Silva. Além dela, estavam ao seu lado o vice, Geraldo Alckmin (PSB), a ex-presidenta Dilma Rousseff e a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, reeleita deputada federal pelo Paraná.

O ex-presidente lembrou que nunca venceu no primeiro turno (foi eleito em 2002 e reeleito em 2006), mas afirmou que é preciso convencer a sociedade sobre suas propostas. Com o ex-ministro Fernando Haddad, que também vai para o segundo turno, Lula disse que São Paulo será um grande palco de uma confronto nacional-estadual”. O adversário é Tarcísio de Freitas, ex-ministro do atual governo. O ex-presidente recordou ainda que fará aniversário (77 anos) três dias ates da eleição.

“Nós estamos em festa”, afirmou Alckmin. “Fomos pro segundo turno em primeiro lugar, com mais de 5 milhões de frente. É ganhar a eleição, salvar a democracia e fazer o país voltar a crescer”, acrescentou. Gleisi disse é preciso novamente ter o povo na “centralidade do desenvolvimento”. “Lutamos contra uma máquina muito grande. Lutamos contra a mentira, a violência, o dinheiro, mas isso não vai nos derrotar”, garantiu.

Fonte: Rede Brasil Atual