No Grito dos Excluídos, Sintsep-GO luta por justiça, direitos e liberdade
Neste sábado, 7 de setembro, o Sintsep-GO participou da 25ª edição do Grito dos Excluídos que, realizado junto com os estudantes, se transformou também em um “Tsunami da Educação”. Iniciativa da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o ato na Capital teve concentração em frente à Catedral Metropolitana, no Centro. Além de Goiânia, mais 162 cidades do país aderiram ao movimento que teve por lema “Este sistema não vale! Lutamos por Justiça, Direitos e Liberdade”. Em nível macro, o protesto é contra a insustentabilidade do modelo econômico capitalista, o desemprego, a desigualdade, o desmonte de políticas públicas, além da luta contra a reforma da Previdência, reforçada pela CUT e centrais sindicais, que se somarão às manifestações.
“Ao nosso lado tivemos os estudantes, representados em nível nacional pela UNE, que também protestaram contra os cortes na educação promovidos tanto pelo governo Bolsonaro quanto por Ronaldo Caiado, aqui em Goiás. As universidades públicas já avisaram à sociedade que não possuem recursos para terminar o ano letivo. A maioria das bolsas para pesquisa foram cortadas e, com elas, a produção científica. Na nossa visão, isso é um crime contra o presente e o futuro do Brasil”, afirmou o presidente do Sintsep-GO, Ademar Rodrigues.
Trabalhadores e trabalhadoras foram para as ruas defender direitos, protestar contra a reforma da Previdência e a destruição da Amazônia, além de denunciar o governo de Jair Bolsonaro (PSL) que, em oito meses de mandato, nada fez para aquecer a economia e gerar emprego e renda. Ao contrário, tudo que anunciou é prejudicial ao Brasil e aos brasileiros, como a venda de 17 estatais, o ataque aos programas sociais, como o Minha Casa, Minha Vida e o fim das aposentadorias para milhões de pessoas, com a Reforma da Previdência.
Carta de princípios
Em carta aberta dirigida à sociedade, a CNBB ressaltou que “os direitos e os avanços democráticos conquistados nas últimas décadas, fruto de mobilizações e lutas, estão ameaçados. O ajuste fiscal, a reforma trabalhista aprovada e, agora, o projeto de Reforma da Previdência, estão retirando direitos dos trabalhadores para favorecer aos interesses do mercado”, destacou o documento.
A CNBB ressaltou que o próprio sistema democrático está em crise, distante da realidade vivida pela população. “O Grito precisa colaborar para gerar processos de conscientização e de mobilização social e de profecia da Igreja em defesa dos mais vulneráveis, sintonizando-a aos seus anseios e possibilitando a construção de uma sociedade mais justa e solidária”, enfatiza a Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Sócio Transformadora.
20 de setembro
Aproveitando o clima de mobilização no país, o movimento sindical, os estudantes e os movimentos sociais estão organizando para 20 de setembro um dia de greve geral de mobilização nacional em defesa da aposentadoria, da educação, do patrimônio público, da Amazônia e do emprego digno.
Sintsep-GO com informações do Sintfesp GO/TO e da CUT