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Em reunião ampliada foi aprovada a integração dos servidores de todo o Brasil em um dia nacional de lutas com paralisação de atividades no próximo dia 22

A resistência contra retrocessos e contra a retirada de direitos da classe trabalhadora vai continuar permanente. Esta foi a decisão tomada na reunião ampliada dos servidores que fechou nesta quarta-feira, dia 14, a Jornada de Lutas. Esses três dias em Brasília foram marcados por atividades de força tarefa no Congresso Nacional contra projetos prejudiciais aos trabalhadores e uma marcha que ontem reuniu mais de 10 mil em marcha na Esplanada dos Ministérios. Na reunião ampliada foi aprovada a integração dos servidores de todo o Brasil em um dia nacional de lutas com paralisação de atividades no próximo dia 22. Os servidores também vão apoiar manifestação organizada pelos metalúrgicos marcada para o dia 29. Numa reunião lotada, os servidores foram unânimes em ressaltar a importância da unidade e mobilização de toda a classe trabalhadora num momento de intensos ataques a direitos.

A Condsef vai referendar todo esse calendário de atividades em seu Conselho Deliberativo de Entidades (CDE) que acontece nesta quinta, dia 15. As entidades também seguem o debate para organizar uma greve geral de toda a classe trabalhadora. Para ajudar nos debates e na construção de um entendimento sobre os riscos profundos da política de ajuste fiscal que tentam impor ao Brasil, o Dieese em parceria com centrais sindicais promove a partir deste mês a 3ª Jornada de Debates do Setor Público. O primeiro evento aconteceu ontem na Escola Superior de Ciências Sociais da Universidade Estadual do Amazonas, em Manaus. Confira aqui a agenda completa da jornada de debates e participe.

Ao longo da jornada o Dieese deve abordar baste detalhes sobre os riscos que cercam a PEC 241/16 encaminhada por Michel Temer ao Congresso Nacional. O departamento divulgou uma nota importante sobre os impactos dessa PEC que pode ser lida na íntegra aqui. A PEC é considerada uma das maiores ameaças aos serviços públicos brasileiros. Várias entidades e especialistas, incluindo Diap, apontam esta PEC como um dos mais graves retrocessos da história do Brasil que, em conjunto com propostas como a que entrega o Pré-Sal ao mercado estrangeiro, tem potencial para nos atrasar mais de cinco séculos em desenvolvimento.

Há diversas outras ameaças que precisam ser combatidas. A flexibilização das leis do trabalho, a entrega do Pré-Sal ao capital estrangeiro, a legalização de um esquema financeiro que usa a dívida pública e é muito semelhante ao que quebrou a Grécia, o PLP 257/16 que junto com a PEC 241/16 pode interromper investimentos públicos por pelo menos vinte anos. Para barrar esses ataques só uma forte unidade entre a classe trabalhadora. É inadmissível que retrocessos sociais aconteçam numa escalada assustadora. A unidade e mobilização da classe trabalhadora são determinantes nesse momento para assegurar que todos os nossos direitos sejam respeitados. Nenhum direito a menos. Nenhum passo atrás.

Com informações da Condsef