Sem conseguir firmar acordo no MGI e com negociações travadas pela pasta, servidores da Área Ambiental decidiram em assembleias iniciar uma greve por tempo indeterminado. Desde o dia 24 de junho, servidores do AC, PA, PB e RN já haviam iniciado o movimento. A partir dessa segunda-feira, 1º de julho, servidores de Goiás e outros 18 estados (AL, AP, BA, CE, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PI, PR, RJ, RO, RR, RS, SC, SP, TO), além do Distrito Federal (DF), aderiram à paralisação de atividades. No total, a greve já alcança 23 estados e o DF.

Em Goiânia, Ibama e ICMBio encontram-se em greve, mantendo o percentual reservado aos serviços essenciais. “Esta greve não é apenas uma manifestação de frustração, mas um grito de resistência e determinação. Somos guardiões da natureza, e é nosso dever cobrar do governo Lula medidas concretas que fortaleçam nossas instituições e garantam a sustentabilidade ambiental para todos. Não descansaremos até que nossas demandas sejam atendidas e nossos direitos respeitados. O Brasil precisa agir agora, por um futuro mais verde e justo”, afirma o movimento que em Goiás é coordenado pelo Sintsep-GO e pela Asibama-GO.

A paralisação não afeta setores estratégicos, a exemplo do combate ao fogo que seguirá com 100% de atividades mantidas. Atualmente, o pantanal vive, por exemplo, situação que pode se agravar com a seca. Além de incêndios florestais, outros setores seguem regime especial durante a greve: fiscalização, licenciamento, unidades de conservação, fauna, flora e emergências.

Nesta quarta, 3/7, servidores do Amazonas vão deliberar em assembleia adesão à greve. Servidores de Pernambuco aprovaram continuar em ‘operação padrão’ e realizam uma nova assembleia na sexta, 5/7. Ainda não foi informada a decisão dos servidores em Sergipe.

Pauta de lutas
Os servidores lutam pela retomada da mesa específica de negociação depois que o MGI fechou novas possibilidades da apresentação de contraproposta. A categoria cuida de 336 unidades de conservação, ou seja, de mais de 1,7 milhões de quilômetros quadrados de áreas protegidas, patrimônio do povo brasileiro.

Também são os responsáveis pelo monitoramento da biodiversidade, pela elaboração e coordenação de políticas públicas e pesquisas ambientais, subsidiando ações como licenciamento e criação de áreas protegidas federais, entre outras ações.

Um dos eixos centrais que os servidores da Área Ambiental reivindicam é a equiparação salarial com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).

A categoria segue lutando para que haja efetiva reestruturação e valorização da carreira ambiental. Os comandos de greve de cada estado devem se reunir de forma permanente para avaliar o movimento.

Confira as reinvindicações da categoria, em tópicos:

  1. Reestruturação e modernização da carreira;
  2. Melhorias nas condições de trabalho;
  3. Diminuição da diferença salarial entre técnicos e analistas;
  4. Remuneração justa;
  5. Parametrização salarial com a Agência Nacional de Águas (ANA);
  6. Gratificação por adicional de fronteira;
  7. Abertura de concursos públicos;
  8. Fortalecimento das instituições.

Sintsep-GO com Condsef/Fenadsef