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Condsef/Fenadsef vai à sede da CUT debater reação dos servidores públicos com entidades do ramo

Está claro que entre os alvos centrais do governo ilegítimo de Michel Temer estão os servidores públicos com objetivo de promover o desmonte do setor e cumprir a política de Estado Mínimo em curso. Nesse cenário desfavorável e de constantes ataques, a Condsef/Fenadsef participa em São Paulo, nessa segunda-feira, 21, na sede da CUT, de uma reunião de entidades sindicais do ramo do serviço público. A intenção é promover um debate e levantar estratégias de reação unificada capazes de combater essa política que além de ser incompatível com o que prevê a Constituição ainda é extremamente prejudicial a população brasileira que paga uma das maiores taxas de impostos do mundo.

Na programação está prevista a apresentação de temas que trazem impactos diretos ao setor como a reforma Trabalhista, a Lei que permite a terceirização (13.429/17) nas atividades fim e a famigerada Emenda Constitucional 95/16. Sozinha essa EC engessa todo o orçamento público por pelo menos 20 anos e pode provocar um verdadeiro colapso no atendimento daqueles que dependem de serviços públicos no Brasil.

O impacto, portanto, não é tão somente no servidor que poderá ter seus salários congelados e deve enfrentar um período de extrema dificuldade com a falta de investimentos nos órgãos públicos que geram no extremo a incapacidade de produzir. Já há registros e denúncias chegando de setores, como a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que tiveram corte de verbas gerando dificuldade até mesmo para conseguir insumos básicos como gasolina. Os casos são vários e o cenário de desmonte do setor público está colocado.

Vendendo a ideia de que é necessário rever a meta de déficit do País e promover cortes no orçamento o governo está conseguindo aprovar a retirada de direitos de toda classe trabalhadora com apoio no Congresso a partir de liberações bilionárias de emendas parlamentares. Enquanto diz economizar o governo ainda perdoa dívidas de grandes bancos e empresas ao mesmo tempo em que propõe a redução de R$10,00 no valor do salário mínimo. É no mínimo um contracenso observar as decisões que penalizam apenas aqueles já tão penalizados em nossa sociedade.

“O que está em curso não é um projeto para o País de combate à crise. É somente uma política de austeridade e redução do Estado que atende a interesses de uma minoria que controla o poder econômico”, define Sérgio. Para a Confederação é preciso combater essa política com urgência. “A classe trabalhadora deve exigir uma agenda que de fato recupere nossa economia. Não podemos e nem vamos aceitar um projeto que vai eliminando uma a uma nossas chances de reação”, ponderou.

Fonte: Condsef