Empregados da Ebserh deflagram greve por tempo indeterminado
Após reuniões frustradas com a empresa pública e diante da ameaça de retirada de direitos já conquistados, paralisação dos trabalhadores terá início em 18 de junho. Decisão chama atenção para valorização dos empregados públicos e da saúde
O último sábado (8/6), foi de plenária geral para os empregados da Ebserh. A reunião se deu para discutir o impasse no processo de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2019/2020 da categoria, que se estende desde o início do ano. Diante da ausência de diálogo e das frustrações acumuladas nas seis tentativas de negociação com a empresa, servidores decidiram por Greve Geral a partir de 18 de junho, por tempo indeterminado.
“Em Goiás está marcada assembleia geral extraordinária na sexta-feira (14/6) com os companheiros da Ebserh, para deliberarmos sobre a última proposta do ACT — que provavelmente será rechaçada — e nos mobilizarmos para a adesão ao movimento nacional”, informa o presidente do Sintsep-GO, Ademar Rodrigues.
Clique aqui para conferir o edital de chamamento da Assembleia Geral Extraordinária Permanente da Ebserh.
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No mês de maio, a Confederação, que acompanha todas as etapas do impasse, solicitou ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) mediação na expectativa de destravar as negociações após várias rodadas de reuniões sem consenso. Na ausência de resposta, a categoria acredita que a greve deve pressionar o órgão na defesa dos direitos trabalhistas.
Andreia Quintela, representante dos empregados da Ebserh do estado do Ceará reforça a importância da decisão pela greve. “Os trabalhadores protocolaram a pauta do ACT em dezembro de 2018. De lá pra cá, foram seis rodadas de negociação, mas a empresa insiste em retirar direitos dos trabalhadores. Enquanto pedimos 100% da reposição da inflação pelo INPC, a empresa quer dar apenas 50% do reajuste [que é garantido pela Constituição] sem direito retroativo à data base”, explica. A representante comenta que a empresa propôs congelamento dos benefícios de alimentação, creche e auxílio saúde por dois anos. “Querem restringir direitos de pais e mães de família, negando aos plantonistas o direito de acompanhar seus filhos em consultas médicas eletivas. Diante da posição da empresa, os trabalhadores decidiram pela greve em defesa do SUS, da população e dos hospitais universitários.
Confira abaixo o chamamento do companheiro Sérgio Ronaldo aos companheiros da Ebserh:
Sintsep-GO com informações da Condsef/Fenadsef