Ebserh: Trabalhadores de Goiás não aceitam proposta da empresa
Além disso, foi votado indicativo de greve, caso as reivindicações da categoria não sejam atendidas e a empresa continue ameaçando retirar direitos, como no caso da mudança no pagamento da insalubridade
Na tarde desta quarta-feira, 23/2, empregados públicos da Ebserh em Goiás se reuniram em assembleia virtual com a direção do Sintsep-GO. O grupo decidiu, por unanimidade, rechaçar a proposta apresentada pela empresa e votar indicativo de greve, caso as reivindicações da categoria não sejam atendidas e a empresa continue ameaçando retirar direitos, como no caso da mudança no pagamento da insalubridade.
Até hoje, 24/2, assembleias gerais ocorrem em todo o Brasil para que empregados da Ebserh digam se aceitam ou não a última proposta encaminhada pela empresa no dia 9 deste mês. Condsef/Fenadsef, CNTS, Fenam, FNE e Fenafar enviaram orientações para que suas respectivas filiadas submetam a proposta à votação da categoria, que é soberana para definir os rumos na defesa de ACTs justos. O resultado de todas as assembleias do país será informado amanhã, 25/2, em reunião com a direção da empresa.
As entidades encaminharam ainda uma carta aos trabalhadores da Ebserh, destacando pontos da proposta, apontando riscos e esclarecimentos. Em sua última proposta, a empresa apresentou reajuste de 10,38% na tabela salarial vigente de todos os empregados a ser aplicado a partir de março de 2022. Não há retroatividade nesse percentual. A proposta de reajuste ainda está condicionada à alteração da base de cálculo da insalubridade, ponto considerado inegociável pelos empregados.
Em live ocorrida na noite da última quinta-feira, 17/2, a maioria apontou o sentimento de desvalorização da empresa e indignação pela insistência na retirada de direitos adquiridos. As entidades reforçaram a importância da participação ampla nas assembleias e a continuidade do processo de mobilização.
Proposta da empresa x Riscos e esclarecimentos
Na carta, tabelas comparativas auxiliam os empregados e empregadas para que possam fazer uma análise mais completa. Numa avaliação ampla, as entidades consideram a proposta da empresa “frágil”.
Além de não ter retroatividade e estar condicionado à mudança de cálculo de insalubridade, o percentual de aumento é considerado muito baixo em relação à inflação acumulada no período. Para alguns cargos o acréscimo de 10,38% é ínfimo em relação à defasagem salarial. Para os profissionais que hoje recebem insalubridade sobre o salário-mínimo não há ganho ou reposição inflacionária. Os profissionais que hoje recebem sua insalubridade sobre o salário base perceberão ao longo do tempo um declínio nos reajustes do adicional.
Sintsep-GO com Condsef/Fenadsef