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Ap�s forte press�o do Supremo Tribunal Federal (STF), o governo decidiu abrir precedente no or�amento da Uni�o e encaminhar para o Congresso Nacional proposta de reajuste para ministros e servidores do Judici�rio. A decis�o foi tomada ap�s uma reuni�o que aconteceu na noite desta quinta-feira, 1� de setembro, entre os ministros Miriam Belchior (Planejamento, Jos� Eduardo Cardozo (Justi�a), Lu�s In�cio Adams (AGU) e o presidente do STF, Cezar Peluso. Para a Condsef, o exemplo do Judici�rio deveria ser seguido pelo Executivo na hora de defender e valorizar seus servidores. Como o presidente do Supremo, a presidenta Dilma deveria reconhecer nos servidores do Executivo a for�a essencial para assegurar o fim da mis�ria, melhorar sa�de, educa��o, pilares da campanha que a elegeu. Servi�os p�blicos de qualidade passam necessariamente por servidores p�blicos valorizados.

Enquanto o Executivo disp�s de pouco mais de R$ 1,5 bilh�o na pe�a or�ament�ria de 2012 para atender demandas emergenciais de mais de 700 mil servidores a partir de julho do ano que vem, o Judici�rio defendeu para os seus uma proposta de R$ 7,7 bilh�es. Enquanto o Executivo continuar pregando o discurso de conten��o de despesa e deteriorando o servi�o p�blico para atender interesses de especuladores, banqueiros, grandes empres�rios e beneficiando o agroneg�cio, n�o haver� espa�o para consolida��o de uma pol�tica capaz de fortalecer o Estado.

At� quando faltar� vontade pol�tica?
Desvalorizando setores essenciais, o governo Dilma tem sinalizando que prefere transferir para a popula��o o �nus de pagar por servi�os que o Estado teria a obriga��o de fornecer. O caminho mais f�cil n�o interessa a sociedade que paga a maior taxa de impostos do mundo. Recordes freq�entes na arrecada��o est�o a� pra provar que o problema do setor p�blico n�o est� na falta de dinheiro, mas sim na falta de vontade pol�tica em resolver quest�es graves de distor��es salariais e condi��es de trabalho que prejudicam ao longo dos anos os servi�os prestados � sociedade.

At� agora Dilma tem mostrado que sa�de, educa��o, e demais setores respons�veis diretos pelo atendimento � popula��o n�o est�o entre as prioridades do governo. A Condsef e os mais de 800 mil trabalhadores do Executivo Federal que a entidade representa esperam que o quadro mude. E ele precisa mudar emergencialmente. N�o se pode aceitar que os trabalhadores do servi�o p�blico continuem a pagar uma conta cara de contingenciamento que cobra n�o s� dos trabalhadores mais principalmente da popula��o que depende dos servi�os p�blicos prestados pela maioria dos servidores do Executivo. Esta maioria precisa ter seus problemas ouvidos e suas demandas atendidas. O Executivo, seus ministros e a presidenta, devem seguir o exemplo do Judici�rio na defesa de seus funcion�rios, pois s� assim, servi�os de qualidade poder�o ser prestados � popula��o.

Fonte: Condsef