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A Condsef participou ontem (13), da audiência com o ministro Paulo

Bernardo (Planejamento) que sacramentou acordos garantindo reajustes a cerca de 800 mil servidores do Executivo Federal. A intenção do governo é encaminhar até o dia

20 uma medida provisória (MP) contemplando as categorias que firmaram acordos. Neste grupo estão Incra, HFA, Cultura, administrativos da Polícia Federal, PGPE,

Seguridade Social, entre outras categorias. O envio desse pacote de medidas é resultado de um longo processo de negociação que envolveu mobilizações e greves de todos

esses setores. Para a Condsef, esta é apenas a primeira etapa. “Temos uma lista extensa de reivindicações e nossa luta por mais conquistas continua a todo vapor”,

disse o secretário-geral, Josemiton Costa. No dia 26, a Condsef se junta à CUT e outras entidades do setor público para uma grande marcha a Brasília. O cumprimento de

todos os acordos, a manutenção das negociações e a luta pela aprovação das convenções 151 e 158 serão alguns dos destaques da atividade.

Durante a audiência que ainda contou com a presença do ministro da Previdência, Luiz Marinho, e de vários gestores dos órgãos que firmaram acordos, a Condsef ressaltou

a importância de continuar negociando, principalmente com os setores que ainda não tiveram propostas apresentadas. A entidade também fez críticas quando avaliou que as

negociações poderiam ter avançado mais, caso o governo quisesse. O secretário de Recursos Humanos do Planejamento, Duvanier Ferreira, afirmou que a disposição é

finalizar todas as negociações ainda pendentes.

Demandas não acabam – A Condsef aproveitou a oportunidade para destacar várias dessas pendências, entre elas iniciar a negociação com servidores da Ciência e

Tecnologia que ficou garantida pelo governo. Falta ainda a instalação de Grupos de Trabalho (GT) da Cultura e do Incra que irão discutir gratificações de incentivo à

qualificação. Além disso, a Condsef destacou a necessidade da abertura de concursos em diversos órgãos para recomposição da força de trabalho no setor público.

A entidade pediu ainda maior atenção do governo ao problema dos servidores intoxicados da Funasa. A definição de Diretrizes de Plano de Carreira e abertura de um canal

de debates para melhorar os auxílios-alimentação, creche e planos de saúde também fazem parte da pauta de reivindicações que a Condsef vai continuar cobrando. A quebra

da Paridade segue como um dos principais desafios impostos pelo governo aos servidores. A Condsef avisou que não vai deixar de lutar por esse direito.

Depois que outras entidades e gestores públicos se pronunciaram, Paulo Bernardo garantiu que tudo será feito para que mais reivindicações sejam atendidas.

Unidade continua fundamental – Apesar de considerar os recentes avanços positivos, a Condsef reconhece que as condições ideais de trabalho estão longe de ser

realidade. Mas para a entidade, é possível acumular novas conquistas desde que os servidores estejam unidos nesse propósito e atentos para denunciar ataques a

direitos, falta de infra-estrutura, desigualdades salariais e todos os problemas que ainda prejudicam a categoria e impendem que o Brasil tenha um serviço público de

qualidade. “A Condsef vai continuar como um dos principais agentes na luta em defesa de melhores condições para nossa base e qualidade de atendimento para a

população”, defendeu Josemilton.