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Vários servidores federais, estaduais e municipais foram até o local e com surpresa foram impedidos de participar com alegação de que um corpo de seguranças só permitia a entrada de convidados pela Comissão Pró-Fundação

Uma assembleia convocada para a criação de uma Central de Servidores Públicos aconteceu nesta segunda-feira, dia 10, em Brasília, sem garantir a participação de diversos representantes da categoria. Causou estranheza que o acesso à assembleia tenha sido impedido aos diversos servidores que tentaram participar com base no edital de convocação publicado no Diário Oficial da União (DOU) que incluída “servidores públicos ativos, aposentados e pensionistas de todo o Território Nacional”. A assembleia aconteceu na sede social do Sindilegis com primeira convocação às 11 horas e segunda convocação às 11h30.

Por volta de 10 horas, vários servidores federais, estaduais e municipais foram até o local e com surpresa foram impedidos de participar com alegação de que um “corpo de seguranças” só permitia a entrada de convidados pela Comissão Pró-Fundação. Representantes da Condsef estavam entre os que tentaram participar, mas informaram que haveria uma listagem pré-definida que garantia participação, principalmente, de servidores do Legislativo e da Polícia Federal. Apesar do argumento de que o edital era amplo e convocava servidores de todo o Território Nacional, os apelos não foram ouvidos.

Mesmo insistindo que o edital não previa uma “seleção prévia” de servidores, a entrada na assembleia foi impedida o que foi encarado com uma atitude arbitrária de uma Central que já nasce num clima antidemocrático. Todos esses fatos foram acompanhados por um oficial cartorial que foi convidado a presenciar a realização da assembleia e que fez o registro das ocorrências, incluindo o impedimento de participação de representantes legítimos de servidores públicos de diversas categorias. Assessorias jurídicas de várias entidades sindicais já preparam uma ação conjunta requerendo a anulação dos atos deliberativos da assembleia em razão das arbitrariedades relatadas.

Para o diretor da Condsef, Pedro Armengol, a atitude antidemocrática e arbitrária dos dirigentes que conduziram o processo de criação dessa Central de Servidores é incompreensível e inaceitável. “Isso não contribui em nada para a melhoria e construção das organizações de trabalhadores e significa uma verdadeira desconstrução da unidade que lutamos tando para consolidar e garantir o fortalecimento da luta dos servidores”, disse. Para Armengol, essa é uma iniciativa de divisão e enfraquecimento da classe trabalhadora brasileira. “Esse filme é antigo e conhecido e não vamos permitir que nossas organizações de classe sejam tratadas como coadjuvantes neste processo. Somos protagonistas de nossa história e vamos lutar para garantir o fortalecimento e não o enfraquecimento de nossa luta patrocinado por alguns poucos que não nos representam”, conclui.

Fonte: Condsef