audiencia promovida por adriana accorsi debate desmonte do estado
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Sintsep-GO defende ampla mobilização da classe trabalhadora contra o (des)governo Temer e suas reformas
A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) realizou audiência pública na manhã desta segunda-feira, 9, no Auditório Costa Lima, sobre as reformas e o desmonte do Estado brasileiro promovido pelo (des)governo de Michel Temer. A iniciativa foi da deputada Delegada Adriana Accorsi (PT), presidente da Comissão de Segurança Pública da Alego.
A mesa dos trabalhos foi presidida pela parlamentar petista, onde também teve assento a presidente do Conselho Regional de Serviço Social, Ana Ângela Brasil. Também presentes, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal em Goiás (Sintsep-GO), Ademar Rodrigues de Sousa; o diretor de Organização Política Sindical do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência nos Estados de Goiás e Tocantins (Sintfesp-GO-TO), Mauro de Oliveira Mota ; e a secretária-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Tereza Aguiar.
Durante a audiência, chegaram para também compor a mesa, o presidente do Sindicato dos Correios no Estado, Eliseu Pereira; a presidente do Sindsaúde, Flaviane Alves; e a auditora fiscal, Katleem Maria Pires de Lima.
Ao discursar, Ana Ângela falou que os grandes penalizados por essas reformas serão os trabalhadores das classes mais humildes. “A reforma da previdência é uma afronta às classes trabalhadoras desse País. É muito difícil você trabalhar 49 anos, em um País com taxas altíssimas de desemprego. Aqui dificilmente teremos trabalhadores com estabilidade no trabalho”, afirma.
Ataque aos direitos trabalhistas
Já Ademar Rodrigues destacou em sua fala que, em toda sua carreira sindical, nunca viu tamanho ataque aos direitos trabalhistas quanto os que estão sendo promovidos por Michel Temer. O presidente do Sintsep-GO lamentou ainda a pequena quantidade de pessoas na audiência, mas ressaltou que – mais importante que isso – é repassar as ideias e informações disponibilizadas, para “aumentar a mobilização da classe trabalhadora contra a nefasta política neoliberal implementada pelo atual governo”, afirmou.
Sobre as privatizações, Ademar disse que não entende como hidrelétricas que estão dando lucros para o Brasil, foram privatizadas. Segundo ele, o Banco do Brasil fechou mais de 400 agências, e desta mesma maneira, estão fazendo com a Caixa Econômica. “O atual governo está querendo tirar de direito o que é nosso. Outras questões como a reforma da previdência e a terceirização, entre outras, estão em pauta na Câmara Federal. Deste modo, cabe a nós trabalhadores continuarmos lutando pelo que nos é de direito, e não deixar temas de extrema importância para a sociedade brasileira serem votados na calada da noite”, enfatizou.
Mauro de Oliveira abordou a respeito das mudanças tecnológicas que o governo Federal está propondo no INSS. De acordo com ele, caso seja aprovada está reforma, só serão realizados atendimentos via online. “Um processo de desumanização do serviço irá ocorrer. Muita gente precisa ser atendida pessoalmente, devido à falta de conhecimento e até mesmo decorrendo da necessita que ela precisa”, pontuou.
O presidente do Sindicato dos Correios, Eliseu Pereira afirmou que a Empresa Brasileira de Correios não é uma empresa qualquer. De acordo com ele, é desta maneira que o governo Federal trata a empresa. “O governo Federal deseja fechar mais de 500 agências nossas que, segundo eles, é preciso cortar gastos. No entanto, não vejo nenhum proprietário de agências terceirizadas do Correio reclamar de prejuízos. Essa ideia proposta pelo governo, que os Correios não são mais viáveis e que causam prejuízo é conversa fiada. Muitas cidades só contam com os Correios como prestadores de serviços”, finalizou.
A auditora fiscal, Katleem Lima, enfatizou que com a retirada de direitos ao trabalhador proposta pelo Governo, irá acarretar em uma série de problemas para o cidadão brasileiro. “A reforma trabalhista não pode ficar como está. É necessário criarmos resistência e lutarmos por sua revogação”, destacou.
Sintsep-GO com informações da Assembleia Legislativa de Goiás
Foto: Carlos Costa (Alego)