“Esses debates servirão para nos anteciparmos na questão da reforma administrativa, porque o governo vai continuar com o seu trator descendo a ladeira sobre os nossos direitos”, diz o Secretário-geral da Condsef

A Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef) prepara uma série de ações, chamada de “jornada em defesa dos serviços e dos servidores públicos”, que começa a partir do dia 3 de setembro, às 18h.

Para as entidades de classes que compõem a Condsef, é essencial manter o debate sobre o tema com parlamentares, representantes do funcionalismo, especialistas e sociedade civil, já que o governo federal segue com a agenda de colocar em pauta a reforma administrativa.

A iniciativa independe do lançamento do programa Renda Brasil, do governo federal. O programa pretende unificar o Bolsa Família com outros programas sociais do governo e extinguir o abono salarial, o salário família. O governo também pretende abraçar os objetivos das Propostas de Emenda Constitucional (PECs) do Pacto Federativo e da PEC Emergencial para diminuir as despesas de pessoal, o que na visão das entidades, não é uma medida que surpreende a categoria.

— Esses debates servirão para nos anteciparmos na questão da reforma administrativa, porque o governo vai continuar com o seu trator descendo a ladeira sobre os nossos direitos. Vamos discutir qual é o rumo que queremos para o serviço público e porque essa necessidade de se fazer uma reforma administrativa nesse momento. Também vamos desmitificar alguns números infundados que o governo fala para destruir nossos direitos e joga a população contra o serviço público — comentou Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Condsef.

Programação
A programação da jornada contará a participação de especialistas, lideranças sindicais e populares, parlamentares e representantes de instituições de controle estatal. Passado o ato de lançamento, dois seminários serão realizados em setembro, inicialmente em nível nacional, para posterior desdobramento em eventos estaduais, de ação nas bases eleitorais dos representantes do Congresso Nacional.

O intuito é mobilizar as representações do fiuncionalismo para pressionar deputados e senadores a votarem contra a reforma administrativa e contra os projetos de privatização.

Fonte: Extra