Condsef/Fenadsef apresenta desafios da luta dos servidores no 13º CONCUT
Trabalhadores deliberaram por ato contra a política econômica do governo, que será realizado no próximo 30 de outubro, em frente ao ministério de Paulo Guedes
Diretores da Condsef/Fenadsef apresentaram desafios e resoluções da luta dos servidores públicos federais no 13º CONCUT. Desde domingo, 6, o Congresso debate os temas Sindicatos Fortes, Direitos, Soberania e Democracia. Os mais de dois mil sindicalistas de diversas regiões trouxeram em suas bagagens os desafios e as perspectivas de luta por direitos de trabalhadores e trabalhadoras de todos os cantos deste país.
O Secretário-geral da Condsef/Fenadsef, Sérgio Ronaldo da Silva, ressaltou no evento a necessidade de revogação da Emenda Constitucional 95, que congela os investimentos públicos por 20 anos, além de ter defendido a estabilidade no serviço público e o reajuste salarial, que entrou no pacote de congelamentos do governo. A contrariedade à proposta de reforma da Previdência, que deve ser votada na próxima semana, e o alerta à suposta reforma administrativa que deve centralizar os esforços do governo após a tramitação da PEC 6, também foram destacadas pelo Secretário.
“A CUT está assumindo compromisso com os servidores. Vai haver eleição da nova diretoria, apresentada em chapa única, o que demonstra a unidade dos trabalhadores brasileiros. A Condsef está representada nesta equipe pelo nosso Secretário Financeiro, Pedro Armengol. Vamos arregaçar as mangas e reagir aos desmontes catastróficos que temos testemunhado na administração pública”, comentou Sérgio Ronaldo diretamente de Praia Grande.
À frente da chapa que será eleita nesta quinta-feira, 10/10, está Sérgio Nobre, atual Secretário-geral da Central, com quase 40 anos de atuação na categoria metalúrgica. O dirigente sindical substituirá o presidente Vagner Freitas.
Ato agendado
Em contexto de ameaças de privatizações do patrimônio público, congelamento de investimentos públicos, onda de terceirizações e trabalhos informais e retirada de direitos constitucionais, trabalhadores deliberaram por ato em frente ao Ministério da Economia, no próximo 30 de outubro, em horário ainda a ser definido. Para Sérgio Ronaldo, é necessário organização para resistência.
“Não podemos acreditar no que Bolsonaro fala”, comentou, referindo-se à declaração do presidente, sobre a estabilidade dos servidores públicos. “Ele quer desmobilizar a luta para que possa passar com sua caravana da maldade. Querem acabar com os concursos e voltar ao tempo em que só existia indicação para os cargos públicos, mas nós não vamos deixar”, declarou.
Goiás participa do 13º Concut com 33 delegados
A CUT Goiás participa do 13º Concut com 33 delegados e 1 observador. São representantes dos trabalhadores da Educação (Sintego), dos servidores públicos federais (Sintsep-GO), dos Correios (Sintect), da Saúde (Sindsaúde), da Agricultura (Fetaeg) e da Agricultura Familiar (Sintraf Caiapônia/Palestina). Os trabalhadores federais da Seguridade Social e da Saúde enviaram um observador (Sintfesp).
Ao todo são mais de 2 mil delegados e delegadas, do campo e da cidade, de todas as regiões do País. Além disso, mais de 100 sindicalistas de 50 países e representantes de movimentos sociais das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo também estão em Praia Grande, onde será eleita a nova diretoria da maior central de trabalhadores da América Latina.
“Acredito que os principais desafios são defender direitos ameaçados por Bolsonaro e traçar um plano de lutas para a organização dos trabalhadores”, pontua o presidente da CUT Goiás, Mauro Rubem.
Com informações da Condsef/Fenadsef e da CUT-GO