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Vicente Ribeiro, presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Servi�o Publico Federal em Goi�s (Sintsep-GO), o vice-presidente da Central �nica dos Trabalhadores no Estado de Goi�s (CUT-GO), Ademar Rodrigues de Souza e a secret�ria pela Igualdade Racial e presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educa��o no Estado de Goi�s (Sintego), I�da Leal, estavam entre as lideran�as sindicais que foram a Bras�lia (DF) nesta quarta-feira, dia 18, para pressionar o Congresso a engavetar o Projeto de Lei (PL) 4330, do deputado federal Sandro Mabel (PMDB-GO), que na pr�tica representa um golpe contra a classe trabalhadora brasileira.

O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, falou da tribuna da C�mara dos Deputados, onde era realizada a audi�ncia p�blica sobre o PL 4330, da terceiriza��o. Apesar do esquema da seguran�a legislativa, que impediu o livre acesso dos trabalhadores e da milit�ncia cutista �s galerias para acompanhar o debate, a fala de Vagner foi acompanhada por aplausos e um coro un�ssono de “Central / �nica / dos Trabalhadores”. Durante quase nove minutos, ele falou sobre o quanto o projeto � nocivo e prejudicial � classe trabalhadora e ao Pa�s.

O presidente da Central abriu seu discurso criticando a C�mara por barrar o acesso ao plen�rio. �Se � verdade que esta casa � do povo, a pol�cia n�o pode bater nesse povo na porta dessa casa; se essa casa � do povo, as galerias deveriam estar lotadas de trabalhadores para acompanhar a audi�ncia; se essa casa � do povo, n�o devia privilegiar os empres�rios�, disse o dirigente nacional da CUT.

Sobre o PL 4330, que aguarda vota��o na Comiss�o de Constitui��o, Justi�a e Cidadania da C�mara, Vagner Freitas afirmou: �trabalhadores e trabalhadoras que est�o me ouvindo agora, a aprova��o desse projeto significa que voc�s v�o ser demitidos para que um terceirizado seja contratado, ganhando menos e trabalhando mais�, explicou. E prosseguiu: �� mentirosa a fala de que terceiriza��o � para contratar m�o de obra especializada”.

Normas
Dirigindo-se diretamente ao deputado Arthur Maia (PMDB-BA), que relatou o PL 4330, o cutista afirmou que a melhor forma de estabelecer normas para o trabalho terceirizado, em uma democracia moderna como � a do Brasil, � a negocia��o. “O Brasil oferece condi��es para os atores sentarem � mesa e negociarem at� atingir um consenso, mas a CUT n�o vai negociar com a faca no pesco�o. Estamos dispostos a negociar com os empres�rios para normatizar o trabalho terceirizado, mas para fazer isso, esse projeto ter� de ser retirado da vota��o�, afirmou Vagner Freitas.

“Esse projeto”, prosseguiu, “j� est� defenestrado pela sociedade brasileira. N�o vai passar assim como est�, porque os deputados n�o t�m de ter compromisso com seus financiadores de campanha, mas sim com o/a trabalhador/a, que votar� nas elei��es do ano que vem.

Segundo disse Vagner em seu discurso, o PL 4330 �n�o fala em melhorar as condi��es de trabalho dos estimados 12 milh�es de trabalhadores terceirizados, mas fala sim em precarizar o trabalho dos outros 45 milh�es de brasileiros e brasileiras que t�m contrato formal”. �Esse projeto � nefasto e se for votado assim e passar, n�s iremos � presidenta Dilma. E ela j� disse que � contra e n�o vai permitir qualquer tipo de precariza��o do trabalho no Brasil. E n�o h� nada pior que esse PL 4330�, disse.

Para o Pa�s, esse projeto tamb�m n�o � bom, de acordo com o dirigente. �Precarizar a m�o de obra para pagar menos e fazer trabalhar mais n�o � algo competitivo. Isso tamb�m precariza o Brasil e n�s n�o vamos permitir isso. Em cada rinc�o deste Pa�s vai ter um militante da CUT para n�o permitir esse desrespeito aos trabalhadores. Vamos ter como profiss�o de f� impedir o 4330�, finalizou Vagner, sob a aclama��o dos militantes que conseguiram entrar no Plen�rio da C�mara para acompanhar a audi�ncia.

Fonte: CUT-GO