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Nesta quinta-feira, 26, a Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal) convoca suas filiadas em todo o Brasil a realizar atividades de pressão em frente à sede da Geap nos estados. O objetivo é defender um atendimento digno à saúde aos mais de 700 mil assistidos do plano, entre servidores e seus familiares. A Condsef esteve reunida com a diretoria executiva e presidência do Conselho Deliberativo da Geap. Na oportunidade, foi cobrada a suspensão imediata da decisão do Conselho Deliberativo (Condel) da Geap que aplicou mudanças na forma de calcular as mensalidades do plano. As entidades filiadas devem entrar com ações judiciais contra essa decisão. A Condsef solicitou ainda a extinção do pagamento da co-participação nos serviços oferecidos pela Geap, bem como a participação das entidades sindicais nacionais em todas as reuniões do Condel e Consult (Conselho Consultivo).

Os representantes da direção da Geap apresentaram preocupação com a alta inadimplência dos sócios. A maior parcela da co-participação a dever é de beneficiários com famílias com mais de três dependentes. Esse número representa em torno de 12% dos 700 mil assistidos. Uma das razões apontadas para isso está na margem consignável, insuficiente para garantir ao servidor e seus familiares um atendimento amplo e digno da saúde. A Geap ainda apontou dificuldades em receber parte da receita que no ano passado alcançou a cifra de R$80 milhões por Estado e patrocinador.

Geap deve garantir cobertura ampla
Segundo representantes do plano, o mau uso pelos sócios com inúmeros dependentes influencia no déficit financeiro altíssimo atingido pela Geap. Como exemplo, a direção da Geap apontou sócios que fazem uso do plano para tratar pequenos cortes, problemas que poderiam ser solucionados em ambulatório. Para a Condsef, é importante que o plano de saúde dê cobertura ampla a seus assistidos em qualquer hipótese, seja um problema grave ou corriqueiro de saúde.

Dados de inadimplência foram apresentados. Atualmente, no Serasa, há um montante no valor de mais de R$ 32,6 milhões a ser pago e que deve ir para cobrança judicial, antes da prescrição dos cinco anos previstos em lei. Há a possibilidade de que a Geap sofra intervenção da Agência Nacional de Saúde (ANS) se não resolver problemas com gastos financeiros.

Diante do quadro, serão solicitados às superintendências estaduais da Geap todos os dados referentes à inadimplência dos servidores e, principalmente, das patrocinadoras do plano. Todas as entidades filiadas à Condsef e também filiadas à CNTSS, Fenadados e Fasubra, além de dirigentes estaduais do Sinagências em todos os estados devem se articular permanentemente sobre questões envolvendo a Geap e o interesse de seus assistidos.

Fonte: Sintsep-GO com Condsef