Governo Bolsonaro quer fim da estabilidade de servidores e isso é ruim para o Brasil
Na semana do Dia do Servidor Público lembramos que são servidores que investigam e apuram o uso de dinheiro público. A garantia da transparência está sendo ameaçada. Veja porquê isso é ruim para o Brasil. Confira no vídeo
Você sabia que são os servidores públicos que denunciam e apuram as denúncias de desvio de recursos e corrupção no orçamento público?
Imagine se o chefe corrupto tivesse autoridade para demitir um servidor que denunciasse um crime de corrupção. O servidor não teria neutralidade para investir desvio de dinheiro público se o chefe dele fosse um dos suspeitos. Não seria tranquilo denunciá-lo. O servidor seria demitido ao primeiro sinal de contestação.
São servidores que investigam e apuram o uso de dinheiro público. A garantia da transparência está sendo ameaçada. Bolsonaro quer desestruturar a idoneidade dos servidores, acabar com a possibilidade de servidores continuarem a investigar casos de corrupção.
Estabilidade é inegociável
Servidores resgataram entrevista do atual presidente Jair Bolsonaro à TV Record em que ele diz ser a favor da demissão de servidores públicos e defender o fim da estabilidade de concursados. “O que nós (governo), pretendemos é daqui pra frente quem tomar posse não tenha estabilidade”, disse. A estabilidade é um dos pontos considerados inegociáveis, pois garante ao servidor a proteção e autonomia necessária para defender os interesses da população e não de políticos de ocasião.
O fim da estabilidade estava inclusive contido no texto inicial da PEC 32, da reforma Administrativa, enviada pelo governo Bolsonaro ao Congresso Nacional. A proposta, diga-se, é considerada por especialistas uma das piores peças sobre Administração Pública já recebidas pelo Legislativo.
Foram a mobilização e a unidade de servidores públicos de todo o Brasil e de todas as esferas, Federal, Estadual e Municipal, responsáveis por frear os planos de desmonte total do setor público de Bolsonaro-Guedes. Mas o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, deu mostras recentes de que essa luta segue urgente e necessária. Vamos continuar na defesa dos serviços públicos e dos direitos assegurados em nossa Constituição.
A realidade da política implantada para o setor público nesse governo é a de arrocho salarial, menos concursos e sucateamento do serviço público. Isso tem que acabar! O Brasil não aguenta mais destruição e retrocesso!
Editado pelo Sintsep-GO com informações da Condsef/Fenadsef