Após reunião com ministro, servidores do MTP encerram greve para negociar pauta específica
Cumprindo sua parte no acordo firmado com ministro do Trabalho e Previdência, servidores administrativos definem em assembleia fim da greve para iniciar processo de negociação de pauta específica da categoria
Servidores administrativos do Ministério do Trabalho e Previdência (MTP) decidiram em assembleia pelo encerramento de greve que já durava mais de um mês em diversos estados. Com isso, a categoria cumpre sua parte no acordo firmado em reunião na quarta-feira, 24/5, com o ministro José Carlos Oliveira. Confira aqui a ata da reunião. Em ofício encaminhado ao ministério, Condsef/Fenadsef e Fenasps informaram o encerramento do movimento de paralisação e aguardam que o MTP agende imediatamente a primeira reunião que inicia a negociação da pauta específica apresentada pela categoria.
Na reunião, o ministro José Carlos Oliveira se comprometeu, sob a condição de encerramento da greve, instituir um grupo permanente de discussão das condições de trabalho no MTP, autorizar termo de acordo para compensação de horas por participação de greve, bem como discutir um plano de carreira dos servidores. A primeira reunião já deve ser confirmada para o dia seguinte do comunicado de aprovação do encerramento da greve por parte dos servidores, feito na quinta, 26/5.
31 de maio: Dia Nacional de Luta
Na próxima terça, 31/5, servidores do MTP devem se juntar a servidores de outras carreiras em caravanas que virão a Brasília para pressionar o governo Bolsonaro a instalar um processo de negociações efetivo que discuta a reivindicação central de reposição salarial emergencial de 19,99% para o conjunto do funcionalismo.
Para entidades representativas dos servidores públicos só não terá reposição salarial se Bolsonaro não quiser. Na Lei Orçamentária, foram destinados R$ 37,6 bilhões para emendas parlamentares, dos quais R$ 16,5 bilhões são do “orçamento secreto”, além de R$ 2 trilhões para pagar os juros da dívida pública.
“Não há nada oficializado. O governo precisa parar de enviar recados e abrir um canal efetivo de negociações com a categoria”, pondera Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Condsef/Fenadsef. “Só na luta e na pressão vamos arrancar recursos que governo está escondendo”, reforça.
Acompanhe e participe dessa luta de todos e todas nós.
Com informações da Condsef/Fenadsef